Orientação: Profª. Ilma Santos
A
vida de um mercador da Baixa Idade Média
Acordo antes que o sol apareça
no horizonte, tenho pressa. Não fico em um mesmo lugar por muito tempo, não
posso tardar a pegar a estrada, e muito menos passar muito tempo nela, com
tantos perigos, ainda mais para mim, um comerciante que cruza continentes a
procura das grandes feiras, trazendo comigo uma cara e grande carga de
mercadorias exóticas, alvo fácil para ladrões.
Sorte a minha que hoje os
nobres das cidades que recebem as feiras, oferecem proteção a nós mercadores,
em troca de uma taxa sobre tudo o que é comercializado.
O consumo de mercadorias está
crescendo, quase não há mais o mercado de trocas, afinal eu não iria cruzar
meio mundo somente para fazer trocas. As transações agora são feitas, na
maioria das vezes em dinheiro.

Entretanto, a circulação de
moedas está causando alvoroço, pois existem vários tipos de moedas em
diferentes regiões e reinos, o que esta dificultando meus negócios, aliás, não
só os meus.
Ouvi boatos que alguns
mercadores resolveram apoiar os reis que desejam instituir monarquias
nacionais, enfraquecendo o poder dos senhores feudais, e em troca desse apoio o
rei faria a unificação da moeda. Desse modo, a minha atividade seria mais
fácil, pois poderia circular com um só tipo de moeda por vasto território.
Outra feliz novidade é a
criação de um sistema de casas de depósito ou casa bancária onde um mercador,
ou qualquer outro indivíduo, pode guardar ou depositar suas moedas e receber
tudo em uma filial em outra localidade, somente apresentando uma carta com a
assinatura do banqueiro onde o depósito foi efetuado. Isso irá facilitar ainda
mais a minha vida, pois poderei viajar sem trazer comigo uma grande quantidade
de moedas.
Bruno
Araújo Braga Nunes 1ª série B
Brasil
da década de 30
Sou um cidadão brasileiro e
estou vivendo uma fase bastante complicada da política do nosso país. Durante
toda minha vida eu nunca pensei que presenciaria uma ditadura militar no meu
país.
Nosso presidente, Getúlio
Vargas, controla praticamente tudo por aqui: nossos estados agora têm
governadores indicados e controlados pelo governo, perdendo assim toda a
autonomia que tinham antes. Todo tipo de informação que chega até a população,
passa por um rígido processo de censura, o DIP que não tolera nem um tipo de
ideia que seja vista como contrária àquelas disseminadas pelo governo. Perdemos
nossa liberdade de expressão.
Muitos se deixam iludir por um
governo cheio de restrições, sob o pretexto de segurança e ordem, mas existem
aqueles que não se deixam levar, pois estão de olhos abertos e com a cabeça no
lugar.
Francy Werley Penha da Silva 3ª B
Francy Werley Penha da Silva 3ª B
Sou Margareth, funcionária da
fábrica têxtil Nova Indústria, no centro da cidade. Às vezes acho que Vargas
tenta nos manipular com tantas garantias que amparam o trabalhador. Pelo menos
agora recebo o mesmo salário que meu marido, sem falar que só trabalhamos oito
horas por dia, e me sobra tempo para ouvir meu programa de rádio favorito: Sucesso
Musical.
Com 10 e 12 anos de idade, meus
filhos agora vão pra escola e não para as perigosas máquinas da fábrica. No
próximo mês, finalmente, vamos á Bahia curtir nossas férias anuais. Mesmo
agindo assim, “preocupado” como se fosse um de nós, Vargas dá muito apoio a
esses ricos orgulhosos.
Meus colegas de trabalho acham
que ele é um herói, porém creio que apesar de tudo de bom que ele anda fazendo,
isso deve ser para que nós não fiquemos revoltados contra ele, aliás, faz muito
tempo que não temos um motivo para revoltas, não que saibamos.
Independente dos porquês do “cuidado” do
governo, fico mais tranquila, afinal estou cansada de ter medo de ficar
desempregada por que um dos meus filhos adoeceu e fiquei em casa cuidando dele,
ou simplesmente por que meu patrão se cansou de mim.
Sei que podemos está sendo
marionetes, mas aí de nós se fizermos oposição ao governo de Getúlio e
voltarmos a lutar em vão nos sindicatos sem o menor reconhecimento.
Jéssica Pereira Nunes 3ª D
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