Nossa escola.

Nossa escola.

Editorial

Editorial


Desde a invenção da imprensa por Gutenberg, na Idade Moderna, a forma como o ser humano observa o mundo transformou-se radicalmente. O livro possibilitou a interação entre povos distintos e mesmo a derrubada de barreiras milenares que os separavam, contudo, de herança deixou ao homem um mundo onde a informação passou a ser fonte de conhecimento e esta se move com uma rapidez quase que impossível de ser acompanhada.

Por outro lado, não podemos ignorar que as trocas de informações virtuais chegaram para ficar, sendo, portanto, papel da escola orientar a identificação, compreensão e reflexão deste amalgamam de informações e transformá-las em conhecimento que possa conduzir a vida dos estudantes.

Diante deste cenário, a proposta do projeto Gazeta Aniceto Mariano Costa é oferecer uma nova proposta de informar e ser informado, através de postagens de artigos, resenhas, editoriais, sinopses, etc. envolvendo as Ciências Humanas e seus conteúdos, possibilitando aos alunos e à comunidade uma releitura e contextualização dos grandes temas que orientaram a humanidade em sua jornada.



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Desafio histórico 2

Foi proposto aos alunos que produzissem textos ligados aos assuntos trabalhados nas suas respectivas séries como se vivenciassem tal processo histórico.

Orientação: Profª. Ilma Santos

  A vida de um mercador da Baixa Idade Média

Acordo antes que o sol apareça no horizonte, tenho pressa. Não fico em um mesmo lugar por muito tempo, não posso tardar a pegar a estrada, e muito menos passar muito tempo nela, com tantos perigos, ainda mais para mim, um comerciante que cruza continentes a procura das grandes feiras, trazendo comigo uma cara e grande carga de mercadorias exóticas, alvo fácil para ladrões.

Sorte a minha que hoje os nobres das cidades que recebem as feiras, oferecem proteção a nós mercadores, em troca de uma taxa sobre tudo o que é comercializado.

O consumo de mercadorias está crescendo, quase não há mais o mercado de trocas, afinal eu não iria cruzar meio mundo somente para fazer trocas. As transações agora são feitas, na maioria das vezes em dinheiro.

Entretanto, a circulação de moedas está causando alvoroço, pois existem vários tipos de moedas em diferentes regiões e reinos, o que esta dificultando meus negócios, aliás, não só os meus.

Ouvi boatos que alguns mercadores resolveram apoiar os reis que desejam instituir monarquias nacionais, enfraquecendo o poder dos senhores feudais, e em troca desse apoio o rei faria a unificação da moeda. Desse modo, a minha atividade seria mais fácil, pois poderia circular com um só tipo de moeda por vasto território.

Outra feliz novidade é a criação de um sistema de casas de depósito ou casa bancária onde um mercador, ou qualquer outro indivíduo, pode guardar ou depositar suas moedas e receber tudo em uma filial em outra localidade, somente apresentando uma carta com a assinatura do banqueiro onde o depósito foi efetuado. Isso irá facilitar ainda mais a minha vida, pois poderei viajar sem trazer comigo uma grande quantidade de moedas.
 
Bruno Araújo Braga Nunes 1ª série B


 
Brasil da década de 30

Sou um cidadão brasileiro e estou vivendo uma fase bastante complicada da política do nosso país. Durante toda minha vida eu nunca pensei que presenciaria uma ditadura militar no meu país.

Nosso presidente, Getúlio Vargas, controla praticamente tudo por aqui: nossos estados agora têm governadores indicados e controlados pelo governo, perdendo assim toda a autonomia que tinham antes. Todo tipo de informação que chega até a população, passa por um rígido processo de censura, o DIP que não tolera nem um tipo de ideia que seja vista como contrária àquelas disseminadas pelo governo. Perdemos nossa liberdade de expressão.

Muitos se deixam iludir por um governo cheio de restrições, sob o pretexto de segurança e ordem, mas existem aqueles que não se deixam levar, pois estão de olhos abertos e com a cabeça no lugar.

Francy Werley Penha da Silva 3ª B

 
       
Constituição de 1934: reconhecimento ao trabalhador ou manipulação do mesmo?
 
Sou Margareth, funcionária da fábrica têxtil Nova Indústria, no centro da cidade. Às vezes acho que Vargas tenta nos manipular com tantas garantias que amparam o trabalhador. Pelo menos agora recebo o mesmo salário que meu marido, sem falar que só trabalhamos oito horas por dia, e me sobra tempo para ouvir meu programa de rádio favorito: Sucesso Musical.

Com 10 e 12 anos de idade, meus filhos agora vão pra escola e não para as perigosas máquinas da fábrica. No próximo mês, finalmente, vamos á Bahia curtir nossas férias anuais. Mesmo agindo assim, “preocupado” como se fosse um de nós, Vargas dá muito apoio a esses ricos orgulhosos.

Meus colegas de trabalho acham que ele é um herói, porém creio que apesar de tudo de bom que ele anda fazendo, isso deve ser para que nós não fiquemos revoltados contra ele, aliás, faz muito tempo que não temos um motivo para revoltas, não que saibamos.

 Independente dos porquês do “cuidado” do governo, fico mais tranquila, afinal estou cansada de ter medo de ficar desempregada por que um dos meus filhos adoeceu e fiquei em casa cuidando dele, ou simplesmente por que meu patrão se cansou de mim.

Sei que podemos está sendo marionetes, mas aí de nós se fizermos oposição ao governo de Getúlio e voltarmos a lutar em vão nos sindicatos sem o menor reconhecimento.

Jéssica Pereira Nunes 3ª D

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